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    William Waack

    Waack: Plano de Trump obriga Ucrânia a capitular a Putin

    Continuando o que fez hoje, Trump entra na galeria dos dirigentes políticos que cederam a agressores em troca da promessa de não agredir mais

    William Waack

    Não é realista a Ucrânia esperar recuperar território invadido pela Rússia, disse hoje o governo americano. O que é, então, realístico esperar?

    A julgar pelo que Donald Trump revelou hoje de sua conversa de hora e meia com Vladimir Putin, o presidente da Rússia, o realístico é esperar que Washington abandone os princípios pelos quais a aliança militar ocidental decidiu ajudar a Ucrânia. O principal deles é o de que as fronteiras entre países não podem ser modificadas pela força. Foi o que Putin fez com a Ucrânia.

    Trump disse hoje que está empenhado em garantir a paz — ao que tudo indica, cedendo ao agressor. Pelo seu lado, Putin não parece ter abandonado em nada suas exigências para acabar a guerra, que é, basicamente, impedir a existência da Ucrânia como um país viável, já que ainda não conseguiu engolir o vizinho.

    Ao embarcar numa aventura imperialista, Vladimir Putin reduziu a Rússia a sócio júnior da China. E, do ponto de vista estratégico, provocou o que sempre disse que queria evitar: uma longa fronteira da Otan com a Rússia.

    Mas agora parece contar de fato com uma decisiva ajuda por parte dos Estados Unidos, o país que tinha vencido a Guerra Fria contra a extinta União Soviética.

    Continuando o que fez hoje, Trump entra na galeria dos dirigentes políticos que cederam a agressores em troca da promessa de não agredir mais — o famoso apaziguamento que levou a tragédias como a Segunda Guerra Mundial.

    Diz a velha frase que a história se repete primeiro como tragédia, depois como farsa. Ela parece mesmo é se repetir como tragédia, e novamente como tragédia.

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